Se você falasse antigamente que gostava de mangá, provavelmente o outra pessoa iria lhe responder: O "gibi japonês'? Para com isso, coisa de criança! Isso antigamente, pois hoje o assunto é outro. Esse estilo de "histórias de quadrinhos" ja tem outra fama, outros publicos e já tem a separação do estilo ocidental do gibi e do oriental do mangá. Então surge a dúvida:"Mais e ae? O que é exatamente o mangá?"E é sobre isso que estarei digitando.
Esse gênero da literatura japonesa teve seu inicio na era Edo( Século VIII d.C.) em uma forma chamada de "Emakimono", que seria basicamente o mangá primitivo onde as ilustrações so ajudavam a contar a história. A sua forma atual se deve ao inicio Século XX, sobre influências de revistas comercias ocidentais da época como a "Punch Magazine". E logo depois disso essa influência ocidental e aumentada pelo domínio americano no final da Segunda Guerra Mundial, marcada principalmente pelas "Histórias em Quadrinhos", sobre tudo pelo Walt Disney e Max Fleischer, que se importava sobre tudo pela expressão facial.
Hoje o mangá se tornou um verdadeiro colosso na industria japonesa de entretenimento. Tem todos os estilos e para todas as idades, uma verdadeira variedade de estilos todos com alguma características marcantes não apenas na história como também no desenho. A classificação feita por publico-alvo, retomando assim a abrangência de idades.
Shounen: Tem como público-alvo os garotos, sejam crianças, adolescentes ou até adultos, porém tem muitas garotas que o leêm. Esse estilo é o mais conhecido no Brasil, marcado por aventuras que trazem certo nivel de violência, amizade e comédia . Grandes exemplos são: os tãos fomosos: Naruto, Bleach, Dragon Ball, Caveileiros do Zodíaco, Yu Yu Hakusho e, atualmente um dos meus preferidos, One Piece
Shoujo: Tem como público-alvo principalmente as garotas adolescentes, porém existir muitos garotos e mulheres que leêm.Marcado principalmente pelos sentimentos ,pela magia e, também, pela comédia; tem tido crescente alta também aqui, no Brasil. Grandes Exemplos deste estilo é: Sailor moon, Sakura Card Captor, Chobits, Vampire Knight e uma dos meus preferidos School Rumble(So funny!).
Seinen: Tem como público-alvo os homens, trazendo um tom mais maduro a história e pesado também, esse tom tem como traços marcantes a linguagem adulta, violência sem nenhuma censura e até cenas de sexo.Um exemplo entre a diferença de Shounen e o Seinen, seria que numa vertente Seinen de um mangá de ficção ciêntífica o leitor necessitaria de um nivel muito mais alto de conhecimento para entender a história.Grandes Exemplos: Berserk, Claymore,Gantz, e Elf Lieden. Particularmente eu considero o Neo Evangelion Genesis neste estilo, apesar de ser conhecido como shounen.
Para os japoneses as histórias em quadrinhos são leitura comum de uma faixa etária bem mais abrangente do que a infanto-juvenil. A sociedade japonesa é ávida por leitura e em toda parte vê-se desde adultos até crianças lendo as revistas. Portanto, o público-consumidor é muito extenso, com tiragens na casa dos milhões e o desenvolvimento de vários estilos para agradar a todos os gostos.
Por isso os mangás são comumente classificados de acordo com seu público-alvo. Histórias onde o público alvo são meninos — o que não quer dizer que garotas não devam lê-los — são chamados de shounen (garoto jovem, adolescente, em japonês) e tratam normalmente de histórias de ação, amizade e aventura. Histórias que atualmente visam meninas são chamadas de shoujo (garota jovem em japonês) e têm como característica marcante as sensações e sensibilidade da personagem e do meio (também existem garotos que leem shojo.). Além desses, existe o gekigá, que é uma corrente mais realista voltada ao público adulto (não necessariamente são pornográficos ou eróticos) e ainda os gêneros seinen para homens jovens e josei para mulheres. Os traços típicos encontrados nas histórias cômicas (olhos grandes, expressões caricatas) não são encontrados nessa última corrente. Existem também os pornográficos, apelidados hentai. As histórias yuri abordam a relação homossexual feminina e o yaoi (ou Boys Love) trata da relação amorosa entre dois homens, mas ambos não possuem necessariamente cenas de sexo explícito.
No Brasil
Embora a primeira associação relacionada a mangá, a Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, tenha sido criada em 3 de fevereiro de 1984, o "boom" dos mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X, Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Sampa).
Esses, porém, não foram os primeiros a chegar ao território brasileiro. Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem tanto destaque, como Lobo Solitário em 1988 pela Editora Cedibra, primeiro mangá lançado no Brasil,[1] Akira pela Editora Globo, Crying Freeman, pela Editora Sampa, A Lenda de Kamui e Mai - Garota Sensitiva pela Editora Abril, Cobra, Baoh e Escola de Ninjas pela Dealer. Porém, a publicação de vários títulos foi interrompida e o público brasileiro ficou sem os mangás traduzidos por vários anos. Existiram ainda edições piratas de alguns mangás[carece de fontes?]. O mais famoso foi Japinhas Safadinhaslançado em nove edições pela "Bigbun" (selo erótico da Editora Sampa)[2] . O mangá era uma versão sem licenciamento de Angel de U-jin.
A popularidade do estilo japonês de desenhar é marcante, também pela grande quantidade de japoneses e descendentes residentes no país. Já na década de 1960, alguns autores descendentes de japoneses, como Júlio Shimamoto, Minami Keizi e Claudio Seto, começaram a utilizar influências gráficas, narrativas ou temáticas de mangá em seus trabalhos. O termo mangá não era utilizado, mas a influência em algumas histórias tornou-se óbvia. Alguns trabalhos também foram feitos nos anos 80, como o Robô Gigante de Watson Portela e o Drácula de Ataíde Braz e Neide Harue.
O movimento voltou a produzir frutos nos anos 90. Com a inconstância do mercado editorial brasileiro, existe pelo menos uma revista nacional no estilo mangá que conseguiu relativo sucesso: Holy Avenger. Além deste há também outras publicações bastante conhecidas pelos fãs de mangá, como Ethora, Combo Rangers, Oiran e Sete Dias em Alesh do Studio Seasons, e a antiga revista de fanzines Tsunami. Atualmente os quadrinhos feitos no estilo mangá, tirando algumas exceções, como as citadas acima, se baseia em fanzines. Em 2008 as empresas Maurício de Sousa transformaram o seu gibi Turma da Mônica Jovem e Ediouro Publicações em 2009 a revista Luluzinha Teen e sua Turma, em estilo mangá.
Apesar da aceitação do estilo de história em quadrinho japonês, a maioria das edições vêem ao Brasil com determinadas alterações quanto ao número de páginas por edição. Muitas vezes, dividem pela metade cada edição, elevando demasiadamente o custo pela coleção.
Influência em outros países

Outros artistas como os americanos Brian Wood e Becky Cloonan (autor de Demo) e o canadense O'Malley (autor de Lost At Sea) são muito influenciados pelo estilo e têm recebido muitos aplausos por parte da comunidade de fãs de fora dos mangás. Estes artistas têm outras influências que tornam seus trabalhos mais interessantes para os leigos nesta arte. Além disso, eles têm suas raízes em subculturas orientais dentro de seus próprios países.
Histórias em quadrinhos americanas que utilizam a estética dos mangás, são constantemente chamados de OEL Manga (Original English-Language mangá) ou Amerimanga.
O americano Paul Pope trabalhou no Japão pela editora Kodansha na revista antológica mensal Afternoon. Antes disso ele tinha um projeto de uma antologia que seria mais tarde publicada nos Estados Unidos — a Heavy Liquid. O resultado deste trabalho demonstra fortemente a influência da cultura do mangá em nível internacional.
Na França existe o movimento artístico, descrito em manifesto como la nouvelle manga. Esse foi iniciado por Frédéric Boilet através da combinação dos mangás maduros com o estilo tradicional de quadrinhos franco-belgas. Enquanto vários artistas japoneses se uniam ao projeto outros artistas franceses resolveram também abraçar essa idéia.
Na Coréia do Sul atualmente podemos observar um movimento em direção aos mangás muito forte. Os manhwas coreanos e manhuas chineses têm atingido vários países pelo globo. Um exemplo claro de manhwas no Brasil são algumas histórias de sucesso como Ragnarök e Chonchu.
Além de tudo isso, é bastante comum encontrar histórias on-line de vários países nesse estilo e até ilustrações mais corriqueiras como das relacionadas à publicidade.
É isso ai galera pesquisem mais e leiam mangá, é uma cultura nova e maravilhosa até mês que vem.